Verde Branco Futebol Clube - Desde 1988


"Família de gatos": conheça o goleiro de apelido curioso do Vitória

O novo goleiro do Vitória vem de uma família de gatos. Isso mesmo: uma família de gatos. A definição curiosa partiu do próprio Júnior Fernández, que carrega o apelido de “Gatito” (“gatinho” em português) desde a infância, em referência ao seu pai, o ex-arqueiro “Gato” Fernández, com passagens pelo futebol brasileiro na década de 90. Seu tio, também goleiro, foi mais um a receber a alcunha de “Gatito”.

Só que o paraguaio não faz muito gosto no apelido. Desde pequeno, sempre recusou a alcunha. Não adiantou. Há pouco menos de um mês na Toca do Leão, todos os jogadores já o chamam de “Gatito”. O jeito, então, é se acostumar. Apresentado pelo Vitória na tarde desta quarta-feira, o novo goleiro do clube falou sobre o assunto.

- É uma família de gatos. Já ficou. Sou conhecido como “Gatito”. Nunca gostei, mas já me acostumei. Todo mundo me chama assim – afirma.

Gato Fernández (Foto: Rafael Santana)Gato Fernández, pai de Gatito, fez sucesso em Inter e Palmeiras (Foto: Rafael Santana)

Alguns minutos de conversa são suficientes para perceber que o português de Júnior Fernández está afiado. Não é para menos. O paraguaio viveu e estudou no Brasil durante a infância, acompanhando o pai de clube em clube. Primeiro, morou em Porto Alegre, quando “Gato” Fernández foi contratado pelo Internacional. Depois, mudou-se para São Paulo – lá, o pai jogou no Palmeiras.

Agora é a vez de Júnior Fernandez realizar o sonho de jogar no Brasil. E ele está ansioso para fazer história com a camisa do Vitória.

- Primeiro, é um sonho. Meu pai já jogou aqui. Agora tenho a oportunidade de jogar também. É um campeonato muito difícil. Muitos jogos, bons jogadores. Vai ser difícil. Estou feliz em poder ajudar o Vitória – diz.

O paraguaio sonha trilhar o mesmo caminho de outros goleiros estrangeiros que fizeram sucesso no país. Um deles está na memória recente dos rubro-negros: o colombiano Viáfara.

- Falaram-me que outros goleiros fizeram sucesso aqui. Todo jogador quer ser ídolo. Mas, primeiro, quero ter uma boa regularidade, para depois ser um ídolo e ser querido pela torcida – diz o paraguaio.

Gatito tem 26 anos e disputou três amistosos pela seleção do Paraguai neste ano. Ele foi titular contra Costa Rica, França e Camarões, que se preparavam para a Copa do Mundo. O paraguaio iniciou a carreira aos 15 anos no Cerro Porteño. Já passou por Estudiantes e Racing Club, da Argentina. Em 2012, retornou para o clube que o revelou, onde atuava ao lado de Guillermo Beltrán, que hoje também está no Leão.