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Sindicato vê falha em ausência de itens de segurança para funcionários nas obras da Vila
O Santos já iniciou as obras para as adequações necessárias que permitam a entrada de ambulâncias no gramado da Vila Belmiro em casos de emergência, mas o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santos vê irregularidades no trabalho realizado no estádio santista.
Como mostram imagens feitas na obra, os funcionários do Santos não estão usando itens obrigatórios de segurança para trabalhos deste tipo, como luvas, capacetes, óculos de segurança e protetor auricular. Segundo o Sintracomos, uma falha grave do clube e que deverá ser averiguada.
“É uma falha sim, está na convenção coletiva e as empresas são obrigadas a fornecer todos os materiais de segurança necessários. Temos uma preocupação grande com relação a isso”, disse Ornilo Dias de Souza, diretor de segurança da entidade.
As imagens mostram os funcionários em meio aos escombros da construção da rampa necessária para a entrada da ambulância no campo. Além disso, os trabalhadores usam britadeiras e outros instrumentos, mas sem os itens de segurança.
“Não podemos paralisar a obras, isso quem pode fazer é o Ministério do Trabalho. Mas podemos visitar a obra, tentar conversar com a empresa para que as medidas sejam tomadas. Se não resolver, acionamos o Ministério”, afirmou Ornilo.
Durante o jogo entre Santos e Atlético-MG, o zagueiro Rafael Marques se chocou com o companheiro Leonardo Silva e ficou desacordado em campo. A apreensão foi ainda maior com a demora da ambulância, que não conseguiu entrar no gramado por conta de um degrau de meio metro aproximadamente. O jogador só foi retirado após mais de dez minutos de espera.
O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), por meio de seu presidente, Flavio Zveiter, decidiu interditar a Vila Belmiro por tempo indeterminado em função do episódio da última quarta-feira. O pedido de interdição foi feito pelo procurador da entidade, Paulo Schmidt. A previsão do clube é que a reforma seja vistoriada na segunda-feira e que o estádio seja liberado no mesmo dia.
“O estádio está interditado até que o Santos comprove que fez a modificação para garantir a segurança e condições de acesso de ambulância. Eles vão ter que comprovar no processo com um laudo que demonstre condições de acesso”, falou Zveiter ao UOL Esporte.
Em nota, a gerente de patrimônio do Santos, Carla Queiroz, afirmou que o clube irá tomar as medidas necessárias sobre o caso.
"Todos os funcionários possuem os EPIs obrigatórios. Iremos checar a razão pela qual os mesmos não os utilizavam naquele momento e garantir que as normas de segurança sejam cumpridas", afirmou.