
Verde Branco Futebol Clube - Desde 1988
Barcos justifica maratona e, com assistência, ajuda Palmeiras a vencer a ganhar sobrevida contra queda
O Palmeiras conseguiu nesta quarta-feira, contra o Bahia, a tão necessária vitória para ganhar uma sobrevida na luta contra o rebaixamento. Com gol de Betinho, após bela assistência de Hernán Barcos, que chegou de última hora em Pituaçu após uma verdadeira maratona nas eliminatórias da Copa e nos aeroportos, a equipe de Gilson Kleina venceu por 1 a 0 e chegou aos 29 pontos, seis a menos que o derrotado Bahia, que na 16ª colocação é o primeiro time fora da zona de rebaixamento.
Agora, para consolidar a reação que muitos achavam improvável, o Palmeiras volta a Araraquara para enfrentar o Cruzeiro às 18h30 do próximo sábado. Já o Bahia, na mesma data e horário, enfrenta o Corinthians, no Pacaembu.
O jogo começou muito equilibrado e com mais confronto físico do que criativo. Com três homens de meio, mas nenhum com características de criação, o Palmeiras apostava nas bolas longas para Hernán Barcos e para Betinho, com Luan batalhando no meio de campo e compondo o setor. Enquanto isso, o Bahia sofria do mesmo problema, e seus atacantes pouco tocavam na bola.
Aos 20 minutos, quando finalmente Hernán Barcos conseguiu fazer uma boa jogada, ele cruzou da esquerda para direita e achou Betinho no centro da pequena área. O atacante que fez o gol do título da Copa do Brasil só desviou, sem nenhuma chance para Marcelo Lomba, e abriu o placar no Pituaçu, para a felicidade da torcida palmeirense, que ocupava boa parte de seu espaço na arquibancada.
A torcida do Bahia, por sua vez, começava a se irritar com os erros em sequência de sua equipe. A única resposta dos donos da casa, no entanto, aconteceu aos 31 minutos, com Neto batendo falta. Com efeito, o jogador fez Bruno se esticar todo para espalmar. A bola ainda quase enganou o camisa 1 do Palmeiras.
No segundo tempo, percebendo que não tinha criatividade, Jorginho resolveu apelar para a velocidade. A opção foi a saída de Zé Roberto, sumido, para a entrada de Lulinha. Como era de se esperar, o Bahia foi para a cima do rival com todas as forças, mas com certa desorganização. Compacto e muito recuado, o Palmeiras demorava para fazer o combate e às vezes passava sufoco dentro da pequena área. Em uma delas, Kleberson, completamente desajeitado, chutou à esquerda de Bruno.
A primeira boa chance de contra-ataque do Palmeiras aconteceu aos 10 minutos. Patrick Vieira arrancou, tocou para Denoni, que abriu a bola com Betinho pela direita. O autor do primeiro gol chutou travado e a bola sobrou para Barcos. O argentino deu chute e a bola passou por cima do travessão de Lomba. Vendo que o Bahia não reagia, Jorginho resolveu colocar Cláudio Pitbull no lugar de Kleberson, para a revolta da torcida.
Do outro lado, Gilson Kleina resolveu controlar melhor a posse de bola. Para isso, tirou Betinho e colocou Tiago Real no meio. A mudança fez o Palmeiras cadenciar melhor o jogo e passar a atacar apenas na segurança, evitando riscos desnecessários. O Bahia ainda assustou o Palmeiras com uma falta bem batida pelo xingado Pitbull. De longe, ele chutou forte, a bola quicou na frente de Bruno, que espalmou para escanteio no último "uh" da torcida baiana.
Os palmeirenses ainda tiveram duas chances de transformar a vitória mais tranquila, com a participação de Tiago Real. Primeiro, o meia tocou para Barcos, que errou a finalização. Depois, ele recebeu passe em contra-ataque na entrada da área e deu o drible a mais que fez ele perder o tempo de chute.
Bahia |
![]() |
0 | x | 1 |
![]() |
Palmeiras |
Técnico: Jorginho | Técnico: Gilson Kleina |