
Verde Branco Futebol Clube - Desde 1988
Botafogo arranca empate com Atlético-MG, e vai às quartas de final da Copa do Brasil
Novo encontro entre Atlético-MG e Botafogo, nova batalha cheia de gols. Melhor para os cariocas, que arrancaram o 2 a 2 na noite desta quarta-feira, no Independência, e avançaram às quartas de final da Copa do Brasil - na ida, no Maracanã, a vitória por 4 a 2 adiantara o serviço. Eliminar o rival, aliás, é uma sina do Glorioso, que teve êxito nos cinco últimos confrontos de mata-mata. O Galo esteve à frente do marcador duas vezes, com Marcos Rocha e Fernandinho, mas cedeu o empate, através de gols de Rafael Marques e Dória.
Agora, o time de Oswaldo de Oliveira espera o vencedor de Flamengo x Cruzeiro, que se encaram neste momento, no Maracanã. Seu próximo jogo será domingo, pela 17ª rodada do Brasileirão, frente ao São Paulo, no Rio. Já o Atlético-MG concentra suas forças na mesma competição, já de olho também na disputa do Mundial de Clubes, em dezembro, no Marrocos. Pega o Goiás, sábado, no Serra Dourada, para confirmar sua reabilitação.
O público pagante foi 16.048 para uma renda de R$ 680.605,00. O estádio estava com clima de decisão, e o torcedor do Galo lembrou da conquista da Libertadores com a iminência do adeus a Copa do Brasil, com gritos de "é campeão" para reconhecer o esforço do time.
Sem Vitinho pela primeira vez, vendido ao CSKA, da Rússia, o Alvinegro indicou que não dependia da boa fase do jovem. O goleiro Jefferson desabafou sobre o assunto logo após a classificação, obtida mesmo o desfalque e com a má atuação de Seedorf:
- Nós não temos que provar nada para ninguém. Sai e entra jogador e o Botafogo é o mesmo. Foi uma partida muito difícil e todo o time está de parabéns. A maioria dos times que veio jogar aqui na Libertadores tremeu e nós, não. Colocamos a bola no chão, tivemos tranquilidade e por isso o bom resultado - analisou.
Réver agradeceu o apoio, lamentou a má sorte e alguns supostos erros do árbitro.
- A torcida fez a sua parte. O torcedor viu que não faltou vontade. Guerrilhamos até onde conseguimos mas o resultado não veio. Agora é trabalhar e dar sequência no Brasileiro. Não podemos jogar toda a culpa da nossa eliminação em cima do árbitro. Se ele errou, faz parte. O árbitro também é ser humano e tem o direito de errar - ressaltou o zagueiro.
Pressão põe o Galo na frente
Um Galo tipo Libertadores. A postura no início da partida relembrou o time ágil e envolvente no setor ofensivo e por pouco não complicou o Botafogo. Foram chances criadas em sequência, quase sempre via bola aérea, em que zagueiros e atacantes mineiros levavam ampla vantagem sobre os cariocas. A pontaria e o reflexo de Jefferson foram decisivos para a abertura do placar.
Com mais posse e menos erros de passe, o Glorioso foi capaz de acalmar o adversário, mas ainda não conseguia fazer sua linha de frente participar. A bola só chegava a Rafael Marques e Lodeiro. Seedorf era nulo. Aos 27, uma falta na meia-lua da área causou ansiedade. Bolívar puxou Fernandinho, que arrancava em direção ao gol, e levou amarelo. Após muita demora, Ronaldinho tentou bater rasteiro, imitando gol seu em 2011, mas parou na barreira.
Mas era muita pressão. Dez minutos depois, Fernandinho fez grande jogada, passou como quis pelo lado direito da defesa do vice-lider do Brasileirão e rolou para Marcos Rocha completar: 1 a 0. Jefferson, desta vez, ficou indeciso e vacilou. A vantagem antes do intervalo era tudo o que a equipe de Cuca queria, e a empolgação tomou conta da arquibancada do Independência.
Riscos, gols e vaga do Bota
A festa, no entanto, foi interrompida por Rafael Marques. Depois de bela jogada arrancada de Julio Cesar, Alex concluiu mal e acabou acertando uma assistência para o camisa 20, que, implacável, fez seu 16º gol na temporada e o quinto na Copa do Brasil, tornando-se artilheiro. A partir daí, o jogo ficou aberto de vez. Um grande jogo, diga-se, recheado de risco e alternativas, como nas outras duas vezes em que Atlético e Botafogo se encontraram recentemente.
Num cochilo de Seedorf, Tardelli roubou-lhe a bola, deu um drible da vaca em Dória e deixou Fernandinho na boa para voltar a colocar os mandantes em vantagem, aos 11 da etapa final. Faltava um golzinho para avançar, mais uma vez. E tempo de sobra. Eficiente, lá foi o Glorioso calar a torcida e mostrar que não entregaria a vaga facilmente. Dória, pouco depois, tocou na saída de Victor, aproveitando-se de bate a rebate na área após cabeçada sua.
Talvez sem forças para nova reação, o Galo não abdicou de lutar, mas agora já agredia de forma desordenada e sofria com contragolpes do Botafogo, que teve boas chances nos minutos finais. Cuca e Oswaldo de Oliveira fizeram alterações até os acréscimos, quando a bola incrível isolada por Réver zerou as fichas mineiras e estendeu a marca negativa. Para amenizar a dor, os torcedores fizeram questão de gritar "é campeão", em alusão ao triunfo no torneio continental. Mas tiveram que ouvir "eliminado" dos rivais antes de voltar para casa.