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Filosofia de Abel em caso de duas vitórias: ‘Se acontecer, sai da frente’
Aos poucos, a carruagem virou abóbora no Fluminense, que vem de quatro derrotas consecutivas no Brasileirão. Depois de títulos e boa fase, Abel Braga vive momento de questionamentos e tem seu futuro em jogo diante do Grêmio, em Porto Alegre, neste domingo. Em meio aos pesadelos, o treinador ainda pensa ser possível reescrever os capítulos de contos de fadas de um passado recente. Para o técnico, duas ou três vitórias serão suficientes para obrigarem os adversários a saírem da frente da carruagem tricolor.
Para começar a virada, o Tricolor tem pela frente o Grêmio e todas as dificuldades de enfrentar o adversário fora de casa. Abel analisou e refletiu sobre o mau momento do time.
- No Brasileirão, todos jogos são complicados, independente se são times grandes ou médios. Não tem, entre os 20 times, nenhum pequeno. Claro que nós estamos pagando o preço, que no meu modo de pensar é normal. O Fluminense fez dois anos consecutivos excelentes, 2009 e 2010. Depois, em 2011, começou com o primeiro semestre muito ruim. Naquele momento em que cheguei, as coisas começaram a encaixar, sendo a melhor equipe do segundo turno do Brasileiro. Em 2012, foi muito bom. Agora, estamos pagando o preço. Nem todos os anos vão ser bons. Tem que passar pela dificuldade, que faz crescer, amadurecer, que nos faz pensar em relação ao que estamos fazendo, se é o melhor, se está correto. O que posso falar: isso muda. O que está faltando é encaixar duas ou três vitórias. Aí, todo mundo vai falar que o Fluminense voltou. E, se isso acontecer, sai da frente - avisou Abel Braga.
O ano de 2009, na verdade, se tornou excelente para o Tricolor pela fuga do rebaixamento, quando o time conseguiu uma virada e contrariou todas as projeções de matemáticos que davam a equipe com 98% de chance de cair para a Série B. Em 2010, o Fluminense conquistou o título brasileiro.
Abel lembrou dificuldades na atual temporada, como a bolha no pé de Thiago Neves na pré-temporada, logo depois as lesões de Gum, Deco e Fred, e o momento que chegou a ficar com cerca de 12 jogadores no departamento médico.
A sequência de jogos do Fluminense não é simples. Depois do Grêmio, a equipe receberá o Cruzeiro, quarta-feira, no Maracanã. Em seguida, dois jogos fora de casa diante de Ponte Preta e Vitória, clássico com o Flamengo, Corinthians e por aí vai.
Com o momento complicado, Abel Braga admite que o fator psicológico também tem sido um adversário e dá sua receita para ter a cabeça boa e os três pontos na tabela, o que não acontece desde o dia 9 de junho, quando o Tricolor venceu o Goiás por 2 a 1.
- (O psicológico) Tem pesado, né?! Não podemos entrar em campo com ansiedade. Pode acontecer de ser o quinto jogo sem vencer. Mas podemos chegar lá e vencer porque temos time para isso, e a coisa dar uma virada. Nós pensamos muito, conversamos muito e nos analisamos muito. Cansei de falar para eles essa semana: “nosso time é muito bom” - disse Abel, na função de motivador.
O técnico assume a responsabilidade pelo momento ruim, mas garante que o grupo está determinado a ajudar:
- Meu objetivo é fazer a equipe vencer. Na minha cabeça, a reflexão é essa: como comandante do grupo eu não posso, em momento algum, passar para eles que não acredito. Acredito em todos. Isso que eles sentem em mim. Ali dentro do campo existe cobrança, ali nós dividimos. Dali para fora a responsabilidade é toda minha. Nesse momento ruim, como me assumo como principal responsável, sei que os jogadores estão fazendo o máximo possível para ter esse quadro mudado. Vai acontecer, estamos tentando fazer com que seja o mais rápido possível.