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Criciúma vence o Náutico e ganha esperança, mas não deixa o Z-4

A posição na tabela de classificação pouco importaria após a partida. Criciúma e Náutico estavam mais interessados nos benefícios que um triunfo tem. Quem ganhou mais força para sair da zona de rebaixamento foi quem jogou em casa. A festa foi tricolor: 3 a 0, na noite de quarta-feira. O Tigre espantou o frio de sete graus no Heriberto Hülse e esfrega as mãos planejando sair da zona de rebaixamento. As do Timbú seguem a segurar a lanterna do Campeonato Brasileiro.

O Criciúma começou a se reencontrar quando ouviu o grito da torcida, que começou o jogo calada em manifestação pela situação do clube da tabela. O incentivo na orelha foi fundamental. Letal ao Náutico. O jogo começou a ser vencido aos 10 minutos, com belo gol de falta de João Vitor. Acuado na jaula do Tigre, sofreu mais dois, de Marlon e Leonardo. O Timbú não passou de arremates de fora. Chegou a ter mais posse e levar mais perigo na etapa final, mas a construção tricolor estava concretizada e o Carvoeiro deu fim ao jejum de cinco jogos sem vencer.

Os dois times seguem na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O Carvoeiro, claro, com maiores esperanças de sair do Z-4. Vai tentar somar mais aos 14 pontos diante do Atlético-PR, domingo, no Durival de Brito. O Náutico volta a fazer do próximo confronto o ponto de partida da reação. A missão é bater, no sábado, o Fluminense, na Arena Pernambuco.

Acuado na jaula do Tigre

O Náutico deve ter estranhado o Heriberto Hülse desde quando pisou no gramado até o início do jogo. Esperando um ‘caldeirão’, a torcida do Criciúma entrou quieta e assim ficou até o quinto minuto – em protesto pela fase do Tigre. O gesto apenas evidenciou o quanto o time precisa de seus tricolores. Porque a equipe deixava os movimentos de estudo para começar a agredir o rival no instante em que os torcedores ‘ligaram’. Corria mais atrás do alívio tão necessário aos dois times. E ele veio sem demora aos mandantes. Em cobrança de falta, João Vitor colocou onde Ricardo Berna não conseguiu pegar. A bola foi na trave, na rede e refletido no placar: 1 a 0.

A vantagem não desfez a postura dos tricolores. Tanto que aos 16, quase foi assinalado o segundo gol. Sueliton cruzou para Welllington Paulista cumprimentar. Desta vez deu para Berna. Foi na bola e o tapa virou defesa importante. O Náutico tentava sair para o jogo. As estocadas em velocidade esbarravam na defesa de camisa branca, tão ligada quanto à torcida. Em bolas paradas, os alvirrubros não tinham contundência. O Criciúma não se abalava. Pelo contrário, seguia melhore faria o segundo. Numa descida rápida de Lins pela ponta direita, viu Marlon apontar pelo miolo do campo. Botou na meia lua, na pinta. O lateral retribuiu: botou pra dentro, no cantíssimo esquerdo de Berna.

Gol que simbolizaria o renascimento do Criciúma. Marlon comemorou com lágrima nos olhos, afastando as más atuações recentes – dele e da equipe. E ainda havia motivo para ele e os tricolores de campo e de arquibancada sentirem-se ainda melhores. É que aos 39, Leonardo completou escanteio para dentro do gol. Berna tocou na bola, mas não havia como segurar a força que o Tigre mostrava. Estava dentro. Estava 3 a 0. Isso que o técnico Zé Teodoro já havia tentado estancar o prejuízo, instantes antes. Tirou o volante Dadá e montou o Timbú no 4-3-3 com o atacante Rogério. Porém, o perigo se limitou ao chute de próprio Rogério, de muito longe, que passou por Helton Leite e ao lado do poste, aos 44.

Cozinhado no caldeirão

O esquema com três atacantes do Náutico começou a se mostrar mais eficaz no segundo tempo. Porém, os visitantes pareciam não abrir mão dos arremates sem eficácia e de longa distância. O Criciúma arrefeceu seu ritmo e deu chance para o Timbú tocar a bola. Tentou uma estocada ou outra, mas preferiu usar do caldeirão para fazer o rival cansar. Situação ainda mais evidenciada com duas alterações que o técnico Vadão foi obrigado a fazer. O zagueiro Leonardo e o volante Serginho saíram com câimbras e entraram Ozéia e Amaral – vaiado pelo torcedor quando pisou dentro das quatro linhas.

 

As mudanças instabilizaram o Criciúma. Tanto que, logo em seguida, aos 24, Eltinho conseguiu o arremate perigoso de cabeça que fez Helton Leite trabalhar. O Timbú tentava fazer com que o Tigre experimentasse do próprio veneno. Não passou de três lances em sequência, mesmo com a possibilidade que os mandantes davam para que trocassem bolas na região da intermediária. O Carvoeiro se satisfaria com descidas em velocidade, o que ocorreria com Wellington Paulista, comandante do ataque, e Lins. Porém, tiveram a mesma eficácia das tentativas rivais: nada. A maioria dos 8.714 não se incomodou. Estavam satisfeitos com o placar construído no primeiro tempo que simboliza, esperam, a reação do time que torcem.



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