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De virada, Atlético-PR quebra jejum na elite e deixa Ponte Preta zerada em casa

Enfim, a vitória. Depois de sair na frente contra Cruzeiro e Flamengo, levar o empate e decepcionar a torcida dentro de casa, o Atlético-PR aprendeu a lição na quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Longe de seus domínios, o Furacão deixou a Ponte Preta abrir vantagem, se recuperou, tomou o empate no fim e ainda teve tempo de, nos acréscimos, dar o xeque-mate no Moisés Lucarelli. No fim, vitória por 4 a 3, que quebra o jejum paranaense e aumenta o dos paulistas.

A Ponte, que abriu o placar com Chiquinho e contou com mais dois gols de William, teve a chance de vencer a primeira no Majestoso. Ficou duas vezes à frente no placar, mas não soube aproveitar os momentos de vantagem técnica. E mais: não atentou aos detalhes. Do outro lado, o Atlético-PR mostrou força de reação, chegou a virar o placar (gols de Paulo Baier, Éderson e Everton) e, apesar da falha aos 40 minutos, ressurgiu momentos depois para confirmar o triunfo.

Em um jogo com muitas alternâncias, a situação na tabela se inverte. Agora com a primeira vitória, o Atlético-PR chega a cinco pontos e deixa para trás a parte inferior da classificação. Ela agora pertence à Ponte, que perdeu três dos quatro jogos que fez.

Ponte e Atlético estarão em campo novamente no fim de semana. No último jogo antes da parada para a Copa das Confederações, a Macaca recebe o Botafogo, um dos líderes do Brasileirão, no sábado, às 21h, em Campinas. Um dia depois, o Furacão faz nova partida fora de casa, dessa vez contra o Vitória, às 18h30, em Salvador.

Meio-campo embolado dificulta ações ofensivas

Ponte e Atlético deixaram claras as táticas de seus respectivos técnicos nos primeiros toques na bola. Em um jogo com 40% dos titulares embaralhados num só setor (o meio-campo), os times fizeram o possível para alargar o gramado. As investidas de Cicinho e Uendel foram as válvulas de escape da Macaca, enquanto o Furacão abriu os meias na tentativa de aproveitar as costas dos laterais adversários.

Com muita dificuldade para entrar na área e finalizar, os ataques só funcionaram em chutes de longa distância. A Ponte arriscou com William, que mandou longe, mas só teve sucesso em um lance fortuito. E falha. Chiquinho buscou o cruzamento da direita para a esquerda e, enquanto todos esperavam o cruzamento, contou com uma imensa colaboração de Weverton para marcar por cobertura. A sorte levava a melhor.

Se entrar na área era missão quase impossível para a Ponte, que mesmo após o gol teve muitas dificuldades para criar chances, o Atlético-PR provou que o contra-ataque era a melhor opção. E foi assim que nasceu o gol de Paulo Baier. Posicionado à direita, o veterano recebeu lançamento, deu um tapa para ajeitar a bola e fuzilou cruzado, sem chance para Edson Bastos. A sorte que sobrou para Chiquinho faltou para Cleber. O xerife da Macaca acertou um belo cabeceio no ângulo direito, mas Weverton decidiu se redimir. Sorte, agora, do Furacão.

Sorte - sempre ela - define seu lado

Ao contrário da primeira etapa, entrar na área não foi problema para nenhum lado no segundo tempo. Em menos de 30 segundos, William aproveitou assistência de Rildo e estufou a rede de Weverton. E, se a Ponte pode, o Atlético também se acha no direito de arriscar. Após excelente defesa de Edson Bastos, Éderson surgiu livre na pequena área e deixou tudo igual em 11 minutos.

Mas penetrar na defesa pontepretana não impediu o Atlético-PR de seguir arriscando de longe. Assim, o time visitante deu o xeque-mate nas pretensões da Ponte. Everton saiu livre pela esquerda, cortou para o meio e acertou o pequeno espaço entre Edson Bastos e a trave esquerda. Pela primeira vez, o rubro-negro liderava o placar em Campinas.

A jogada de Everton cortou o ânimo da Ponte. Guto Ferreira mudou o estilo de jogo, apostando nos cruzamentos para Alemão e William em vez de usar a velocidade de Rildo. O ataque funcionou: após passe do primeiro para o segundo, o empate aos 40 minutos. Chiquinho ainda teve chance de colocar a Ponte na frente novamente, mas os espaços deixados na defesa foram determinantes. No último lance da partida, Marcão saiu livre na frente de Edson Bastos e tocou na saída do goleiro. A sorte que ajudou no primeiro tempo seguiu no segundo.



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