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Ronaldinho completa dois anos de Atlético cercado por expectativa e dúvida
Nesta quarta-feira, Ronaldinho Gaúcho completa dois anos no Atlético-MG. Porém, o meia-atacante não tem motivo para comemorar. O jogador completou um mês machucado, sua segunda maior sequência sem jogos com a camisa do time alvinegro, vive momento de total ostracismo, mas ainda gera expectativa nos torcedores.
Ronaldinho foi contratado de forma surpreendente pelo presidente Alexandre Kalil no dia 4 de junho de 2012, quando chegou despercebidamente, após saída conturbada do Flamengo, treinou na Cidade do Galo, e foi apresentado sem festa.
Dois anos depois, o momento do camisa dez é parecido com de quando chegou, especialmente por não ter motivos para festejar. Ronaldinho se recupera de lesão na coxa esquerda, a segunda lesão mais grave que teve com a camisa do Atlético, que já o afastou dos gramados por um mês.
Apesar da conquista da Libertadores, em julho do ano passado, quando foi um dos principais destaques do time mineiro, Ronaldinho caiu de rendimento depois da competição continental, jogou poucas vezes e conviveu com duas lesões.
A atua contusão do meia-atacante só não supera, em tempo de recuperação e ausência em campo, da contusão (também na coxa esquerda, mas em outro músculo) que sofreu as vésperas do Mundial de Clubes, em outubro de 2013, que tirou o meia dos gramados por cerca de três meses. Porém, Ronaldinho se recuperou a tempo de participar da competição no Marrocos.
Ronaldinho vem fazendo treinos físicos há mais de duas semanas, em Belo Horizonte, para melhor se condicionar fisicamente. A expectativa é de que ele esteja recuperado da contusão para os amistosos que o Atlético fará na China, a partir do dia 18 de junho. A presença do camisa dez no clube foi determinante para que os jogos fossem acordados.
De junho de 2013 a junho de 2014, o armador realizou 35 partidas, média de quase três jogos por mês. Foram dez gols assinalados. O atual momento do meia é ainda pior. Este ano Ronaldinho pouco jogou e quando esteve em campo não rendeu o esperado. Marcou somente um gol, diante do Nacional, do Paraguai, pela primeira fase da Libertadores e realizou apenas 13 partidas.
O jogador fez somente dois jogos pelo Brasileirão deste ano. Apesar da queda vertiginosa de rendimento e os problemas físicos apresentados em 2014, Ronaldinho ainda consegue criar expectativa na torcida do Atlético, que aguarda o retorno do ídolo.
"Eu ainda acho que ele pode render, pode voltar a ser importante. Acho que com o Levir Culpi ele poderá voltar a ser aquele jogador que a gente gostava tanto de ver jogar. Mas caso não aconteça isso, serei sempre grato por tudo o que ele fez pelo Atlético", disse Robson Gilian, de 32 anos.
Porém, junto com a expectativa paira uma dúvida. O atleta tem sido alvo do mercado fora do Brasil. O futebol dos Estados Unidos sonha em contar com Ronaldinho Gaúcho. A Turquia chegou a brigar pela sua contratação no começo do ano, quando o Besiktas se reuniu com Assis. Sem jogar pelo time mineiro e em baixa, poderá existir um acordo com a diretoria para a sua liberação antes do término do vínculo, que se encerrará em dezembro.
Atualmente, o craque tem conseguido mais êxito fora de campo, na carreira artística. Ronaldinho gravou dois clipes musicais, um com o cantor baiano Edcity, "Vai na fé", com quem chegou a cantar em trio elétrico no Carnaval de Salvador, em março, e mais recentemente com a dupla sertaneja João Lucas e Marcelo, "vamos beber".
A vida fora de campo passou a ganhar ainda mais destaque. O jogador vem aparecendo cada vez mais ligado ao meio musical e também artisticamente, com e filmes e documentários sobre a sua carreira. As festas diárias de Ronaldinho voltaram à tona.
Ronaldinho chegou a receber uma advertência formal do condomínio onde mora, em Lago Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, por exceder na comemoração do seu aniversário, em março passado, quando a festa, que contou até com aluguel de gerador de energia, durou até depois das cinco horas da manhã.