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'Serviço de inteligência caseiro' ajuda Aridelson na luta por título do Conilon
Às vésperas da decisão contra o Aracruz, técnico destaca importância de sua família nos 15 anos em que buscou, sem sucesso, chegar a uma final.
A luta do técnico Aridelson Bianchi para conduzir uma equipe à final do Capixabão foi longa. Por mais de 15 anos, ele batalhou "em vão". Mas a recompensa por tanto esforço finalmente chegou. No próximo sábado, às 16h, no Estádio Justiniano de Mello e Silva, em Colatina, o seu Conilon começará a decidir o Campeonato Capixaba 2012 contra o Aracruz. Uma conquista que, se vier, não será apenas do time, mas também da família Bianchi, com quem Aridelson faz questão de dividir o momento tão esperado.
Aridelson conta como sua carreira, com direito a fases ruins e boas, como é o caso da atual, sempre influenciou e foi influenciada pela esposa Valdete e pelos filhos Arisson, Arielly e Ariny. Uma relação que não deixa dúvidas de que um eventual título também será deles.
- Dá para perceber o alívio da família. O futebol tem muitos rótulos de sucesso e fracasso. A família absorve. Nunca houve uma frustração, porque eles sempre souberam que minha meta sempre foi dar estrutura e organização aos clubes por que passei. Vencer campeonato só passou a ser meu foco em 2011. Sempre houve um diálogo franco sobre isso em casa. Nenhum homem consegue mudar o mundo se não começar pela sala de casa. Graças a Deus, tenho uma família maravilhosa. Nos piores momentos recebi olhares de ternura e sei que eles estão muito felizes - afirma Aridelson.
A participação familiar é só positiva, segundo o treinador. Até um trabalho de "inteligência doméstica" costuma ser feito e é bem-vindo. Mas Aridelson descontrai e também denuncia a "cornetagem" dos filhos, esposa e até de sua mãe, Dona Zenita.
- São os maiores corneteiros do mundo. Assim como eu devoro todas as notícias que saem a nosso respeito e dos adversários, eles também lêem todas as matérias. Minha mãe, inclusive, imprimiu e colocou numa moldura aquela matéria recontando a promessa que paguei em 1997 (publicada pelo GLOBOESPORTE.COM). Só não dão palpite em escalação, porque senão fico bravo. Mas são muito participativos. Foi muito bom conduzir o trabalho do Conilon desde o começo até a final. Foi magnífico chegar à semifinal. Foi indescritível obter a vaga na final. É minha primeira decisão, mas não cabe ansiedade ou preocupação. Só alegria, satisfação, dividida com eles.
Nada de ser "Professor Pardal"

Sobre o jogo especificamente, Aridelson garante que não irá inventar. O time do Conilon precisa vencer na soma dos dois confrontos, já que o Aracruz fez melhor campanha na primeira fase. Mas não será na base de querer dar uma de "Porfessor Pardal" que Aridelson tentará alguma surpresa.
- O Aracruz é um time muito difícil de ser batido, mas não temos outra alternativa, a não ser tentar superar o sistema defensivo deles, que é muito compacto. Assim como na semifinal, contra o Rio Branco-ES (assista ao vídeo), precisamos reverter a vantagem. Mas temos um grupo experiente, obediente e vamos lutar. Não vou alterar muito a formação, apenas um detalhe ou outro de movimentação. Não é hora de inventar - completa o treinador.
Ingressos
De acordo com a Federação de Futebol (FES), os valores dos ingressos serão R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), para o jogo com o mando do Conilon, no Justiniano de Mello e Silva, em Colatina, e R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) para o com mando de campo do Aracruz, que foi confirmado na tarde desta quina-feira para o Estádio do Bambu, em Aracruz, em 05 de maio. As duas partidas terão transmissão ao vivo pela TV GAZETA.