Verde Branco Futebol Clube - Desde 1988


Euzébio cita maldade, revela ajuda de Fred e busca novos ares: "Vida segue"

Leandro Euzébio vive uma realidade que não condiz com a história de bicampeão brasileiro e campeão carioca. Estar em férias é a única semelhança com o restante do grupo do Fluminense. Treinando em separado desde abril, o zagueiro não faz parte dos planos para a sequência do Brasileirão e da Copa do Brasil. Qual motivo? Nem ele sabe. Ao citar maldade na condução do caso, o jogador de 32 anos busca novos ares. Foi a solução encontrada por ele para lidar com a nova situação. Mantida apesar da intervenção de Fred.   

Foi ainda no começo da gestão de Ricardo Tenório (vice de futebol) e Renato Gaúcho (treinador) que a decisão fora tomada. Titular na estreia do Carioca, com derrota para o Madureira por 3 a 2, em 18 de janeiro, quando teve atuação regular e marcou gol (veja vídeo acima), Euzébio perdeu espaço a Elivelton. Uma lesão no joelho direito, mal curada, contribuiu para fazer apenas outros dois jogos na temporada. Tudo fruto, da avaliação interna, do fim do seu ciclo nas Laranjeiras.   

- Não pude entender o que aconteceu. Jamais esperava que iria acontecer comigo. A gente não entende a postura das pessoas que escolheram esse lado. Foi sem motivo, sem razão. Foi com uma pessoa que sempre amou o clube, que continua amando. Isso me deixou chateado, claro, mas tenho uma cabeça boa. É vida que segue e, quem sabe um dia, posso voltar – disse o atleta, por telefone ao GloboEsporte.com, para depois completar:   

- Quando aconteceu isso tudo, o Tenório me chamou na sala dele para falar de clubes interessados. Não houve acordo. O Tenório me forçou a aceitar, pois dizia que o Renato não me utilizava. Falei com ele que tinha me respeitar. Não era garoto. Tinha contrato e não iria abrir mão. Acho que foi uma maldade.

Tenório, que deixou o Tricolor em 7 de maio, posteriormente a troca de Renato por Cristóvão Borges, preferiu não polemizar. Apenas deu a sua versão sobre o caso:   

- Não houve maldade. Sempre fui transparente. Na época, entendi que o ciclo dele havia terminando. E, como não iríamos renovar o contrato ao final do ano, o chamei para conversar, com o seu empresário presente (Anselmo Paiva), para deixar livre a procurar outro clube. Nunca fiz nada que não tenha sido conversado. É claro que ninguém gosta de ser preterido.   

Euzébio conta que, à época, o grupo o abraçou. A partir de uma conversa com o capitão Fred:  

- Ele veio falar e tivemos conversa de 20 minutos antes do jogo contra Tupi (pela Copa do Brasil, em 23 de abril, já sob o comando de Cristóvão). Disse que o grupo ia tomar a frente. Foram até a direção, mas não tiveram retorno. O Fluminense é assim. Os jogadores pensam no grupo, no clube. Tanto que joguei no começo do ano machucado. Este foi meu maior erro.   

A troca de comando também não mudou a condição do zagueiro. Embora tenha conversado com o novo chefe, Euzébio continuou treinando separado. Em turno inverso ao time principal. Ele não culpa Cristóvão. Diz que a “decisão já estava tomada”. Neste período todo, Vitória, Goiás e Coritiba sondaram o atleta. Não houve acerto, porém.   

Mário Bittencourt, o novo vice de futebol, prefere não usar o termo “afastado”. Em recente entrevista coletiva, alegou que a decisão havia sido tomada pela gestão anterior.   

- Há outros clubes conversando com a gente. A discussão é a fórmula que vamos fazer para ele sair nas condições que acha melhor para a carreira dele. Estamos conversando muito com ele e com o empresário. Estamos sendo muito corretos. 

Leandro Euzébio tem contrato até o final do ano com o Flu. Retomará os treinos no dia 23, data de reapresentação do elenco. Mas em turno inverso aos demais jogadores.