Perto dos 40, Zé Roberto se consolida como coringa do time do Grêmio

Zé Roberto é lateral, meia ou volante? Todas as alternativas anteriores. É assim que o Grêmio responde quando fala de seu camisa 10. Prestes a completar 40 anos, ele vive uma fase onde verdadeiramente aparece como um coringa no grupo dirigido por Enderson Moreira. Mas essa característica não garante necessariamente um lugar no time titular.

Contra o Sport Recife, na última quarta-feira, Zé Roberto voltou a jogar na função dos tempos de seleção brasileira. Uma rodada antes, diante do São Paulo, saiu do banco para ocupar o lugar de Breno na lateral esquerda.

E desde que chegou ao Grêmio, em 2012, atuou inúmeras vezes como meia. Inclusive chegando muito ao ataque, marcando gols e sendo peça importante no setor criativo.

Para o Grêmio, esta polivalência, esse jeitão de coringa, é uma boa. Diante do Palmeiras, neste domingo, o veterano pode até fazer a lateral esquerda outra vez – na ausência de Breno.

"A posição dele não é definitiva. Tem cumprido sua função independente de onde eu o escalo. Já trabalhamos em diversas funções e ele é um jogador espetacular. Mesmo tendo ido bem como volante, não deixará de jogar como meia. É esta capacidade que quero do elenco, e ele tem qualidade para isso", disse o técnico Enderson Moreira.

A consolidação do status de multitarefas vem às vésperas de um aniversário histórico. Durante o recesso do Brasileirão para a Copa do Mundo, mais precisamente no dia 6 de julho, Zé Roberto completará 40 anos.

Recentemente, o próprio jogador abriu espaço para ser tratado como coringa. Lembrou dos tempos de seleção brasileira para falar da atuação como volante.

"É a posição que eu sempre joguei. Gosto muito, pelas minhas características, me dá facilidade de chegar na frente com a bola, não receber de costa. Foi esta posição que me consagrou", disse.

Neste domingo, às 16h na Arena do Grêmio, Zé Roberto será útil. Como lateral esquerdo, volante e meia. Como o Grêmio quiser.