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Greve em vários setores traz prejuízos e causa transtornos no ES
Filas nos aeroportos e alunos sem aulas são alguns dos reflexos.
A maioria segue movimentos nacionais, sem previsão de término.
Filas nos aeroportos, congestionamentos nas rodovias, falta de combustível e alunos sem aulas são alguns dos reflexos das greves e das paralisações de diversos setores no Espírito Santo. A maioria segue movimentos nacionais, sem previsão de término. A quinta-feira (9) foi marcada por várias manifestações dos trabalhadores.
Polícia Federal
Nesta quinta-feira (9), os policiais realizaram uma operação padrão no Aeroporto de Vitória, com revistas minuciosas nas bagagens dos passageiros. A ação causou filas na área de embarque e reclamações entre passageiros.
O atendimeto ao público na Polícia Federal está comprometido. A orientação do sindicato para quem agendou a emissão ou retirada do passaporte é entrar no site da Polícia Federal e reagendar. Casos de urgência e emergência que possam ser comprovados serão analisados pelo comando de greve.
Os agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal estão em greve desde o dia 7 de agosto, por tempo indeterminado, aderindo ao movimento nacional. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais no Estado do Espírito Santo (Sinpef-ES), uma assembleia está marcada para as 11h desta sexta-feira (10), para definir os rumos da greve.
Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Nesta quinta-feira (9), os policiais realizaram uma operação padrão no km 1 da BR-101, na Serra, parando os motoristas de carros e motos. A Polícia Rodoviária Federal do Espírito Santo (PRF) vai decidir nesta sexta-feira (10) se adere à greve nacional ou não, conforme informou a assessoria de comunicação.
Os policiais rodoviários reivindicam melhores condições de trabalho, entre elas, o aumento do número de policiais e concurso para área administrativa. Segundo a PRF, muitos policiais que poderiam fazer fiscalização de trecho são destinados para serviços de escritório. No estado, há aproximadamente 200 policiais na ativa, sendo que 70 foram destinados para área administrativa, sobrando 150 para trabalhar em regime de escala em todo o estado.
Funasa e Ministério da Saúde
Os servidores do setor administrativo do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) paralisaramas as atividades nesta quinta-feira (9). Pela manhã, eles fizeram uma manifestação, com faixas e cartazes, em frente ao prédio do Ministério, em Vitória.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Federai em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado do Espírito Santo (Sindsaudeprev – ES), a paralisação faz parte do movimento nacional em virtude das reivindicações da categoria que não foram atendidas pelo Governo Federal.
Os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, uma data de negociações, reajuste salarial e plano de carreira. De acordo com o Sindsaudeprev – ES, esta foi a terceira paralisação do grupo. Todos os portões foram fechados. Na última paralisação, que ocorreu na terça-feira (7), os servidores de Baixa Guandu, Colatina, Guarapari e João Neiva também participaram do movimento. Segundo o sindicato, na semana que vem um grupo de svridores capixabas vai a Brasília participar da marcha nacional da categoria. São esperadas de 15 a 20 mil pessoas.
Anvisa
A paralisação dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teve início no último dia 16 de julho. Segundo o presidente do Sindicato de Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), Severiano Imperial, a greve já resulta em prejuízos para todos os setores da economia capixaba, com destaque para mineração, siderurgia, celulose, medicamentos e outros. Não há ainda como contabilizar esses prejuízos em valores. A falta de combustível também é reflexo da paraliação, de acordo com o sindicato.
Na última sexta-feira (3), o Sindiex ingressou com um mandado de segurança contra a greve, solicitando a liberação dos mais de 500 processos parados. Conforme despacho na última terça-feira (7), do juiz federal Francisco de Assis Basilio de Moraes, da Quarta Vara Federal Cível, a Anvisa tem um prazo de 48 horas para se manifestar se está cumprindo o percentual de 30% de servidores trabalhando durante a paralisação. O Sindiex espera por uma decisão nesta quinta-feira (9).
Fiscais federais agropecuários
A greve dos fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) começou na última segunda-feira (6). No Espírito Santo, as atividades foram paralisadas em todos os setores e a greve não tem data para terminar. Até agora, são mais de 40 processos parados de alimentos perecíveis desde o dia 29 de junho, aguardando liberação do Ministério da Agricultura, segundo o Sindiex.
Boa parte da safra de mamão do estado é destinada à exportação. De acordo com a Brapex, Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya, com a greve, o setor vai deixar de exportar para os Estados Unidos 75 toneladas de mamão por semana.
O sindicato solicitou às empresas que estiverem encontrando dificuldades na liberação de cargas para enviar os números dos processos para que possa ser feito um levantamento dos reais prejuízos causados pelo movimento. Havendo subsídios necessários, o Sindiex impetrará mandado de segurança com pedido de liminar.
Ufes e Ifes
Os professores, alunos e servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) estão em greve há mais de dois meses. A matrícula dos calouros que fizeram o vestibular de inverno e a rematrícula dos alunos da Ufes foram adiadas, sem data para acontecer, segundo a secretaria de Comunicação da universidade. A data do vestibular 2013 ainda não foi definida e, segundo a Comissão Coordenadora do Vestibular, também não há previsão para tal.
Os professores da Ufes e do Ifes para pressionar o governo pela reestruturação da carreira docente na rede federal desde o dia 17 de maio. A greve dos servidores começou no dia 11 de junho, como parte do movimento nacional de paralisação dos servidores federais.
Construção Civil
Os trabalhadores da Construção Civil estão em greve desde segunda-feira (6). A categoria vai se reunir nesta sexta-feira (10), na Praça dos Namorados, em Vitória, e de lá vão fazer uma caminhada pelas ruas da capital, em protesto. Uma assembleia está marcada para domingo (12), para definir se os trabalhadores vão ou não continuar em greve.