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Neymar dá espetáculo e tem nome gritado pela torcida rival na goleada do Santos sobre Cruzeiro

 

Sem ambições no Brasileiro, a expectativa criada para o jogo Cruzeiro e Santos, na noite deste sábado, na Arena Independência, foi construída em torno de um duelo entre Montillo e Neymar, craques dos dois times. O meia argentino teve atuação discreta. A estrela santista, no entanto, fez sua parte com sobra, deu espetáculo e marcou três gols na goleada, por 4 a 0, e como recompensa foi reverenciado pelos castigados torcedores celestes, que gritaram seu nome.

“Estou muito emocionado, dá até vontade de chorar, o que a torcida do Cruzeiro fez aqui para mim vou levar pela vida, hoje eu considero o Cruzeiro a segunda casa. A todos os Cruzeirenses obrigados pelo carinho”, afirmou Neymar, após o jogo. E os tentos marcados diante do goleiro Fábio levaram Neymar a superar Kléber Pereira, como o segundo maior artilheiro santista na história dos Brasileiros, com 52 gols. “Fico feliz, é mais uma meta alcançada, mas o que procurou é ajudar a equipe”, minimizou Neymar. Ao ser indagado que o primeiro colocado é Pelé, o jovem santista, abriu um sorriso e disparou: “Pelé não tem como”.

Depois de três jogos sem triunfo no Brasileiro, o Santos mostrou vontade, desde o início da partida. O Cruzeiro também. Mas ao time anfitrião faltou futebol. Montillo não se achou em campo, mas, o grave foram os muitos erros individuais, especialmente dos zagueiros Matheus e Rafael Donato. E o reencontro da equipe celeste com a torcida belo-horizontina, no Independência, depois de cumprir perda de mando de quatro jogos no Melão, em Varginha, não foi o que os celestes esperavam. Tanto que a partir do segundo gol santista, aos 36 min do 1º tempo, os cruzeirenses aumentaram a intensidade das vaias.

 

Elas começaram antes, destinadas especialmente aos volantes Charles e Sandro Silva, dois dos três marcadores escalados por Celso Roth no meio-campo celeste. Depois do segundo gol de Neymar, que aproveitou incrível falha do zagueiro Matheus, as críticas foram generalizadas e atingiram também ao técnico Celso Roth. O desentendimento em campo era evidente, tanto que Montillo e Sandro Silva discutiram aos gritos.

O primeiro tempo até que havia começado equilibrado, situação que durou pouco. Logo aos 11 min, Neymar abriu o marcador, em um lance em que os cruzeirenses reclamaram de uma inversão de um lateral, que seria favorável ao time da casa. A arbitragem deu para o Santos, Arouca fez a jogada pela direita e cruzou para o camisa 11 colocar a bola nas redes. O Cruzeiro até que tentou chegar ao empate, mas não teve forças.

Pior. Depois de desperdiçar chances incríveis, com Arouca e Neymar, o time de Muricy Ramalho fez o segundo e a partir daí a equipe celeste não se encontrou em campo. “Temos de esquecer o primeiro tempo e começar tudo de novo”, disse Fabinho, pouco antes do recomeço da partida. O atacante foi colocado por Celso Roth na vaga do volante Sandro Silva. “A única coisa que a torcida não vaie. Não adianta vaiar”, afirmou Charles. Ele não foi ouvido. Sobraram vaias na etapa final, diante do show de Neymar e companhia.

Se o primeiro tempo celeste foi para ser esquecido, o do Santos foi para ser valorizado. “Nosso primeiro tempo foi maravilhoso, espero continuar forte no segundo, para a gente sair com a vitória”, comentou Neymar. E logo no início da etapa final, o astro santista quase fez o terceiro, após falha de Rafael Donato e parou em outra boa defesa de Fábio. Aos 8 min, Neymar não fez o gol, mas a linda jogada e a assistência para Felipe Anderson.

Enquanto a torcida cruzeirense, que compareceu em bom número, na expectativa de ver uma "partida digna' do seu time, como apregoaram os jogadores da equipe, durante a semana, perdia a paciência e vaiava com força, os jogadores em campo tentavam equilibrar as ações. A entrada de Willian Magrão na vaga de Rafael Donato, protegendo a zaga que passou a ser formada por Matheus e Leandro Guerreiro, tranquilizou um pouco a situação defensiva.

 

O Santos também colaborou para isso, ao diminuir o ritmo. E o Cruzeiro até que teve chances para marcar gols. Rafael fez sua parte quando exigido, a trave salvou um chute de Anselmo Ramon e Galhardo evitou outro em cima da linha. Os gritos de "burro" cresceram de volume quando Celso Roth tirou Martinuccio para a entrada de Wellington Paulista.

O Cruzeiro se esforçava, enquanto o Santos administrava o resultado, que o levou aos 46 pontos, três a mais que o Cruzeiro. Mas com Neymar em campo há sempre a possibilidade de mais e ele fez o seu terceiro, aos 37 min. Foi reverenciado pelos torcedores do Cruzeiro, que gritaram o seu nome e, depois, eles pediram em coro a saída de Celso Roth. Com três derrotas consecutivas, o time celeste permanece com 43 pontos, caiu para a 10ª posição.

 

Cruzeiro 0 x 4 Santos
Técnico: Celso Roth Técnico: Muricy Ramalho
  1. Fábio
  2. Ceará Cartão amarelo
Saiu 3. Rafael Donato Cartão amarelo
Entrou 15. Willian Magrão Cartão amarelo
  4. Mateus
  6. Everton
  8. Charles Cartão amarelo
Saiu 7. Sandro Silva
Entrou 16. Fabinho
  5. Leandro Guerreiro
  10. Montillo
  9. Anselmo Ramon
Saiu 11. Martinuccio
Entrou 18. Wellington Paulista
 
  1. Rafael
  4. Galhardo
  2. Bruno Rodrigo
  6. Durval
Saiu 3. Juan Cartão amarelo
Entrou 16. Gerson Magrão
  8. Adriano
  5. Arouca
  7. Henrique
  10. Felipe Anderson Gol
Saiu 9. André Cartão amarelo
Entrou 18. Miralles Cartão amarelo
  11. Neymar Gol Gol Gol

 



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