
Verde Branco Futebol Clube - Desde 1988
Pela quinta vez, Portuguesa sofre gol no fim e deixa de somar oito pontos
O torcedor da Portuguesa já está "treinado" neste Campeonato Brasileiro: não deve comemorar, e nem lamentar, qualquer resultado antes do apito final do árbitro. Em 14 rodadas, o time sofreu gols decisivos após os 40 minutos do segundo tempo em cinco ocasiões. E em apenas um jogo conseguiu sentir o sabor inverso e marcar nos acréscimos. São oito pontos desperdiçados que fazem muita falta à atual 17ª colocada da competição.
A sina começou diante do Náutico, ainda pela terceira rodada. Jogando no Recife, a equipe que à época era comandada por Edson Pimenta vencia por 2 a 1 até os 47 minutos do segundo tempo, quando sofreu gol de Marcos Vinícius. Seria a primeira vitória da Lusa no Brasileirão.
Parecia ser um fato isolado. A Portuguesa ficou as seis rodadas seguintes sem passar pelo mesmo trauma. Até a partida contra o Atlético-PR, no Canindé. Depois de virar o jogo para 2 a 1, o time rubro-verde não só sofreu o empate, como levou a virada, já aos 46 minutos. O duelo selou a demissão de Edson Pimenta.
Entretanto, o substituto Guto Ferreira viveu a mesma situação, logo em sua estreia. Diante do Criciúma, também no Canindé, a torcida já celebrava a vitória quando Elton empatou a partida em 1 a 1, nos acréscimos. Na rodada seguinte, o prejuízo foi ainda maior. E mais dolorido, já que a Portuguesa dominava amplamente o Vitória, mesmo atuando no Barradão. Saiu na frente no placar, mas acabou sofrendo o empate e depois a virada no último lance.
- É difícil, é lamentável, é triste. Tivemos quatro ou cinco chances de marcar e não fizemos. O futebol pune e, mais uma vez, sofremos gol no fim – declarou o zagueiro e capitão Valdomiro, na ocasião.
Então a falta de sorte, mudou de lado. Contra o Flamengo, em Brasília, a Lusa perdia por 1 a 0 até os 48 minutos do segundo tempo, quando o goleiro Lauro resolveu se arriscar na área a marcou de cabeça. Finalmente era o clube paulista que conseguia balançar a rede na reta final.
No clássico com o São Paulo, domingo passado, no Canindé, não houve gol nos minutos finais, mas novamente a defesa rubro-verde sofreu uma pane no fim, e Ganso só não empatou a partida em 2 a 2 porque Aloísio se atrapalhou e acabou levando a mão à bola antes de ela entrar na rede.
Já na noite desta quarta-feira, contra o Coritiba, a Lusa parecia se contentar com um empate depois que teve o zagueiro Moisés Moura expulso ainda no primeiro tempo. Entretanto, em um lance de contra-ataque, Gilberto conseguiu abrir o placar a favor dos visitantes, aos 13 minutos da etapa final. Era preciso se segurar por mais 37 (contando os cinco de acréscimo dados pelo árbitro). E tudo parecia funcionar para que a Portuguesa somasse sua segunda vitória consecutiva, e ainda no dia de seu aniversário. Mas Bill, no último lance, trouxe a Lusa de volta à sua triste rotina.