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No reencontro com seu ex-clube, Cristóvão quer continuar 'sonhando'
A quinta rodada do Campeonato Brasileiro vai colocar Cristóvão Borges frente a frente com o seu ex-clube. Hoje técnico do Bahia, o baiano de Amaralina assumiu o Vasco da Gama em 2011, após o então treinador e amigo Ricardo Gomes sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. No Gigante da Colina, Cristóvão apareceu para o Brasil como treinador e conquistou um feito inédito: manteve o clube carioca no G-4 da Série A por 46 rodadas consecutivas, somando as temporadas de 2011 e 2012.
Por tudo isso, a partida deste sábado entre Vasco e Bahia, no Estádio Raulino Oliveira, em Volta Redonda, reserva grandes emoções para o treinador. E ele não faz questão de esconder.
– Eu estou muito contente, feliz. Enfrentar o Vasco me remete a grandes lembranças, momentos importantes na minha carreira. Eu sempre me lembro disso. Vou encontrar grandes amigos lá – confessa.
Cristóvão Borges deixou o Vasco em meados de 2012, após uma queda de rendimento do clube cruzmaltino. O curioso é que o estopim para a saída dele foi uma goleada sofrida para o Bahia, por 4 a 0, em pleno São Januário. Na oportunidade, o contestado Jones Carioca teve atuação de gala, com dois gols e uma assistência, e comandou o triunfo tricolor.
Cristóvão guarda aquele confronto na memória, mas nega que o revés para o seu atual clube tenha sido determinante na demissão.
– Não foi determinante. Eu fiquei um ano no Vasco, que é um clube com muitas dificuldades, algumas parecidas com as do Bahia. E as dificuldades que o clube tem que resolver causaram um desgaste grande. Tinha muita dificuldade econômica. O Vasco teve que se desfazer de alguns jogadores, alguns deles de Seleção, que davam equilíbrio ao clube. Então eu conversei com o presidente, e, independente daquele jogo, eu sairia. Hoje eu não me arrependo – comenta.
Entre a saída do clube carioca e a chegada ao Fazendão, Cristóvão passou um ano estudando o futebol e não assumiu outra equipe. Há menos de um mês, aceitou o convite de um Bahia em crise dentro e fora de campo, após um primeiro semestre repleto de fracassos.
A situação, claro, não permitia ao treinador projetar um grande campeonato. A expectativa era conseguir alguns pontos nas cinco primeiras rodadas do Brasileirão e depois arrumar a casa, na pausa de um mês para a Copa das Confederações. Só que os resultados começaram a aparecer, e agora ele quer mais.
– É como sonhar. Quando eu cheguei aqui, meu trabalho teria que ser de recuperação da confiança e da autoestima. A gente sonhava em fazer um bom número de pontos, mas a situação não permitia ficar pensando, porque iria atrapalhar o trabalho. Para nossa felicidade, houve uma assimilação boa do trabalho, os jogadores ganharam confiança e deu certo. É um resultado que fortalece. É muito bom ser reconhecido pelo que está fazendo – confessa.
Para fechar esse início de Brasileiro entre os primeiros colocados, o Bahia precisa vencer o Vasco, fora de casa, e chegar ao terceiro triunfo consecutivo. Será possível?
– Agora é possível. Se é possível, a gente vai buscar – finaliza Cristóvão Borges.