Real Noroeste não perdoa falhas do Rio Branco-ES e vence no Araripe

O calvário do Rio Branco-ES no ano de seu centenário continua. Na tarde deste sábado, o Real Noroeste, de Águia Branca, não perdoou as velhas falhas alvinegras, e venceu por 3 a 2, em pleno Estádio Engenheiro Araripe, em jogo válido pela 10ª rodada da Campeonato Capixaba. Os gols do jogo foram marcados por Vitinho, Willy e Cristian Almas, para o Real Noroeste, e por Faioli e Ernandes, para o Rio Branco-ES.

Com o resultado, o Real Noroeste chega a 17 pontos e volta ao G-4. No momento, o time de Águia Branca está em segundo, atrás apenas do líder Aracruz, que tem 20. Porém, pode ser ultrapassado até o fim desta rodada pela Desportiva (tem 16 pontos e enfrenta o São Mateus, às 18h) e pelo Estrela (tem 15 pontos e encara o Vitória-ES, em jogo iniciado às 17h). Já o Rio Branco-ES segue com 9 pontos e caiu para oitavo, podendo ser ultrapassado pelo Vitória-ES, que tem só um ponto a menos. Caso o Vitória-ES vença, o Alvinegro cairá para a zona de rebaixamento.

Próximos jogos

Na 11ª rodada do Capixabão 2013, o Rio Branco-ES visita o São Mateus, às 15h, de quarta-feira que vem, dia 20, no Estádio do Sernamby, em São Mareus. Já o Real Noroeste encara o Espírito Santo FC, no Estádio Almiro Ofranti, em Vargem Alta, também na quarta-feira, às 15h.

Baixinho Vitinho marca de cabeça

A partida começou com cara de filme repetido. O Rio Branco-ES tentava trabalhar a bola, mas não conseguia sufocar, esbarrando, antes de mais nada, nas suas próprias limitações. Para piorar, não demorou para o inseguro goleiro Henrique e sua defesa voltarem a falhar. Logo aos oito minutos, Pedrinho cobrou escanteio pela direita, a bola longa caiu na segunda trave, onde o baixinho Vitinho subiu sem marcação e conseguiu cabecear no canto contrário. Apesar da altura privilegiada, Henrique viu a bola passar por cima de si, tocar na trave e entrar: Real 1 a 0.

O time capa-preta tentou reagir, mas forçava demais pelo centro. Suas melhores oportunidades acabaram sendo criadas a partir de chutes de fora. O lateral-direito Jancarlos protagonizou duas delas. Aos 12, ele acertou o travessão. Aos 17, numa cobrança de falta, obrigou o goleiro Adriano, do Real, a espalmar. Dois minutos antes, outra falta erguida do meio-campo por Victor Juffo resultou num gol de cabeça de Leandro Souza, mas o lance foi anulado por impedimento. Quando finalmente, aos 24, poderia concluir de dentro da área, Tiago Moura tentou driblar seu marcador em vez de arrematar de primeira um passe de Faioli e acabou bloqueado.

Mesmo dominado, Rio Branco empata

A presença ofensiva alvinegra era meio enganosa. O Real chegava com mais facilidade, conseguindo, inclusive, penetrar pelo meio. Só o meia Robert teve três chances de ampliar. Aos 25, ele recebeu passe de Vitinho dentro da área, mas bateu travado. Aos 27, completou com um tiro fraquinho a triangulação com Willy e Vitinho. Aos 32, desperdiçou outra, a mais clara de todas, ao tabelar com o lateral-direito Edmar Chazinho e chutar cruzado. Aí, Henrique foi bem e salvou com o pé. O Real acabaria punido por errar tanto nas conclusões. Aos 36, noutro chute de longe, o Rio Branco-ES achou o caminho do empate. Victor Juffo bateu, Adriano falhou ao rebater para a frente, e Faioli, livrinho, empurrou para o gol: 1 a 1.

Tal empate perduraria até o intervalo, muito por causa de Chazinho, que, cara a cara, isolou uma, já aos 44. A sequência do lance, porém, foi tão significativa quanto. O zagueiro Leandro Souza e o lateral-esquerdo Gilberto, ambos do Rio Branco-ES, discutiram. Era o retrato de um time pressionado pela má campanha. Outra imagem que resume o momento alvinegro deu-se aos 15 minutos do segundo tempo, quando o mesmo Gilberto foi sacado para a entrada do meia Joãozinho. Com isso, Andrezinho deixou o setor de armação para a lateral-esquerda, numa variação herdada pelo interino Erasmo Serafim dos dois técnicos anteriores, Erich Bomfim e Aridelson Bianchi, que também não haviam se decidido pela melhor posição para Andrezinho.

Willy e Cristian Almas põem Real na frente

O time capa-preta até esboçou uma melhora com a mexida. Mas desde o começo do segundo tempo, o Real Noroeste ameaçava mais. A prova é que Vitinho, num chute para fora, aos quatro minutos; Pedrinho, noutro por cima do travessão, aos seis; e Chazinho num tiro cruzado defendido por Henrique, aos 13, já haviam assustado. Esse, de Chazinho, alías, foi precedido por uma bela trama entre Willy e Vitinho. Willy, ex-capa-preta, seria o autor do segundo gol, já aos 26 minutos, quando o Real nem pressionava tanto mais. Na jogada, ele recebeu passe de Marco Alagoano na direita, cortou para dentro, driblando Ernandes e Ramon, e chutou rasteiro. A bola morreu no canto esquerdo de Henrique: Real Noroeste 2 a 1.

A única resposta alvinegra até então havia sido aos 16, com o zagueiro Leandro Souza testando uma bola alto demais. Era muito pouco. Depois do segundo gol do Real, então, o Alvinegro perdeu-se de vez. A revolta da torcida chegou ao banco de reservas, com um festival de bate-bocas. No ápice da confusão capa-preta, o Real aumentou. Eram 40 minutos quando Vitinho esticou bola para Marco Alagoano, que só rolou para Cristian Almas competar para o gol praticamente vazio: 3 a 1.

Melhora capa-preta vem tarde demais

O lampejo de bom futebol alvinegro viria já nos minutos finais. Aos 44, Jancarlos, com outro chute de longe, carimbou o travessão pela segunda vez no jogo. Na sobra, o atacante Humberto, que entrara pouco antes, bateu, também de fora, para bela defesa de Adriano. O segundo gol do Rio Branco acabou saindo numa cobrança de falta do zagueiro Ernandes, já aos 47 minutos. A bola entrou no canto direito do goleiro Adriano, que dessa vez não pôde evitar: 3 a 2, placar final.