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Sede de vingança e sangue nos olhos: Argentina espera Holanda mordida
Depois de passar pela Bélgica sem sofrer tanto quanto nas oitavas de final - quando só passou no fim da prorrogação contra a Suíça -, a Argentina espera contra a Holanda um desafio proporcional aos 24 anos - ou seis Copas - sem título. Os dois times, rivais históricos que já decidiram um Mundial, em 1978 (a primeira Copa dos hermanos), se enfrentam na próxima quarta-feira na Arena Corinthians e se alimentam do jejum e da rivalidade entre eles. Ao mesmo tempo que os jogadores argentinos lembram o período sem conquistas de peso, eles reconhecem que a vontade dos holandeses não é menor.
Javier Mascherano, um dos líderes do elenco aos 30 anos, vê a determinação dos comandados de Louis Van Gaal para superar a síndrome do quase - Holanda foi vice-campeã em 1974, 1978 e 2010 - como uma dificuldade a mais para os argentinos nesta partida. O volante também lembra que as cicatrizes recentes tornam a geração de Robben, Van Persie e Sneijder mais forte para esse duelo da semifinal.
- Esperamos que seja ainda mais difícil que a Bélgica, não apenas pela qualidade individual, mas pela experiência. Sabem o que é uma semifinal. Vão querer revanche do que aconteceu há quatro anos (derrota para a Espanha na final). É uma equipe com grandes individualidades e muito experiente, que chegou à final do Mundial passado e tem fome. Deve ter sangue nos olhos pelo que aconteceu no Mundial passado - disse o jogador do Barcelona.

Do lado argentino, as principais figuras holandesas já entraram no vocabulário dos jogadores. Após um treino descontraído na parte da tarde e de uma análise da partida contra a Bélgica pela manhã, Mascherano e Basanta, o lateral-esquerdo que substituiu Rojo, falaram em Van Gaal, Robben, Sneijder e até no goleiro Krul, que entrou em campo no fim da prorrogação com a missão de pegar pênaltis após o fim do jogo. O volante não quis se aprofundar sobre o assunto, mas defendeu a decisão do técnico holandês.
- Quem sou eu para avaliar o trabalho de um treinador como o Van Gaal? Ele está ali para isso. Não conheço um treinador que tome uma atitude para perder o jogo, ainda mais numa partida de Copa do Mundo. Tanto ele sabia o que fazia que o goleiro foi bem em todas as bolas e pegou dois pênaltis - lembrou Mascherano.