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Vasco aproveita erro de juiz e empata com Bahia
Cristóvão Borges provou que conhece o Vasco como poucos. É verdade que o elenco foi bastante mexido desde sua saída, mas vários remanescentes fizeram fila para cumprimentá-lo antes de a bola rolar. E seu conhecimento sobre o rival surtiu efeito para o Bahia com o eficiente ferrolho que garantiu o empate em 1 a 1, neste sábado, em Volta Redonda, mesmo com um homem a menos por 35 minutos. Assim, o Tricolor completa quatro rodadas sem derrota e pode fechar no G-4 do Brasileirão antes da paralisação para a Copa das Confederações.
Apesar do amplo domínio territorial, o time carioca sofreu. O resultado deixa o clube da Colina em oitavo, com sete pontos. Já o Bahia assume a terceiro posição, com sete, mas pode ser ultrapassado pelo Botafogo logo mais. Para se manter na zona de classificação para a Libertadores, terá de torcer contra um batalhão de equipes que entram em campo neste domingo e ainda pode perder até quatro postos. O público pagante no Raulino de Oliveira foi de 2.623 pagantes (3.986 presentes), para uma renda de R$ 48.595,00.
Domínio cruz-maltino com poucas chances
O panorama do jogo foi definido já nos primeiros minutos. Com mais posse de bola, o Vasco buscava uma brecha na defesa do Bahia. Por sua vez, o Tricolor apostaria na velocidade de seus contragolpes para surpreender. E quem se deu melhor de cara foi o visitante. Fernandão foi lançado, Renato Silva cochilou, e o atacante tocou por cima de Michel Alves, aos sete.
A desvantagem, porém, não abalou o time de Paulo Autuori, que permaneceu trocando passes com paciência e tentando se impor com muita movimentação de Pedro Ken, Alisson e Carlos Alberto. Foram vários cruzamentos rebatidos pela defesa do Bahia. Até que o árbitro viu pênalti no camisa 10 cruz-maltino, que caiu após disputa com Fahel. O próprio Carlos Alberto bateu com categoria, no ângulo direito, e empatou, aos 21, tornando a empolgar a torcida.
A equipe de Cristóvão Borges ainda assustava a cada eventual tentativa, sempre pegando o Vasco mal arrumado. Ainda assim, quem chegou mais perto do segundo gol foi o rival. Sempre parados com falta, os jogadores não conseguiam penetrar na área de Marcelo Lomba. As principais emoções, no entanto, estavam reservadas para o segundo tempo. Logo aos três, Helder fez uma graça com seis embaixadinhas no círculo central, pondo fogo no duelo.
Expulsão atrai Vasco, mas placar não muda
Na sequência, Autuori atirou sua equipe para o ataque, com a estreia de André no lugar do lateral Dieyson. Hélder, o habilidoso, saiu pouco depois. Mas o "troco" aconteceu mesmo assim. E foi Diones que pagou o pato. Sandro Silva ergueu a bola do gramado e iria completar um belíssimo drible antes de ser parado com falta. O volante tricolor, já advertido, então, foi expulso, fazendo com que o Bahia se acuasse definitivamente.
A maior chance viria aos 16 minutos: André, sozinho, cabeceou na trave, e Edmílson chutou o rebote em cima de Marcelo Lomba, que mostrou incrível reflexo. O Vasco mexeu de novo: apagadíssimo, Edmílson deu lugar a Thiaguinho. E a pressão cruz-maltina aumentou. De vez em quando surgia um contra-ataque baiano, mas, mesmo desordenado, era o mandante que davas as cartas. Só que a parte física pesou. Além da técnica limitada, faltaram capricho e objetividade até o apito final. Castigo para os cruz-maltinos e sensação de alívio para os baianos.